Fernando de Noronha
Arquipélago vulcânico pertencente ao estado de Pernambuco, formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte, constitui um Distrito estadual de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser um território federal cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado.
Sua ilha principal, cujo nome é o mesmo do arquipélago, é
a parte visível de uma cadeia de montanhas submersas, com uma área de 18,4 km²,
distando 545 km de Recife (PE) e 360 km de Natal (RN). A base dessa enorme
formação vulcânica está a mais de 4.000 metros de profundidade e constitui 91%
da área total. Destacam-se, ainda, as ilhas Rata, Sela Gineta, Cabeluda, São
José e as ilhotas do Leão e da Viúva. Estudos apontam que a formação do
arquipélago data de 2 a 12 milhões de anos.
A ilha teria sido descoberta, provavelmente em 1500, por
Gaspar de Lemos ou por uma expedição da qual Duarte Leite equivocadamente terá
atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501-1502. Todavia, o primeiro a
descrevê-la foi Américo Vespúcio, que participou da expedição de Gonçalo
Coelho.
O nome do arquipélago provém do nome do primeiro
proprietário da capitania hereditária, Fernão de Noronha, após doação de D.
Manuel I em 16 de fevereiro de 1504.
O local foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534
por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses,
voltando ao controle português em 1700, para ser reconquistada pelos franceses
em 1736 e, definitivamente, ocupada pelos portugueses em 1737.
Fernando de Noronha é exemplo de preservação ambiental,
em convívio direto com a atividade turística, deixando a desejar no quesito
infraestrutura.
Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José
Truda Palazzo Júnior em 1988, a maior parte do arquipélago foi declarada Parque
Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas existentes
e da área de concentração dos golfinhos rotadores que lá se reúnem diariamente
na Baía dos Golfinhos – o lugar de observação mais regular da espécie em todo o
planeta.
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